Fim

Não precisava de ser declarado!
Os poucos (amigos) que liam as parcas palavras escritas neste "weblog" sabem que não tenho o tempo, entusiasmo e, provavelmente, a capacidade de escrever textos interessantes com alguma regularidade. Espero um dia poder fazê-lo e escrever, nomeadamente, sobre a minha actividade profissional e literatura. As minhas duas temáticas favoritos... what the hell, sobre o que me apetecer! Mas com qualidade e de modo regular...
No entanto, sei que esta não é a altura e este não é o lugar.
Até qualquer dia.

Um outro Portugal

Das férias trago recordações e fotografias. Como sempre acontece. Esta é de um posto de correio comunitário em Lamas d´Olo, uma pequena aldeia do concelho de Vila Real, onde a vida e o trabalho lembram outros tempos. Lembrei-me de a partilhar convosco e relembrar que ainda existem terras portuguesas onde o correio é "analógico" e o digital não é uma prioridade.

Arrastão Orwelliano

Em eraumavezumarrastao.net, a jornalista Diana Andringa, mostra num registo audiovisual uma versão diferente do mediático arrastão de Carcavelos. O documento acaba por ser sobre os meios de comunicação social e como, ao bom jeito de George Orwell, uma mentira legitimidada por uma fonte considerada credível se transforma numa verdade. Andringa, neste documento, atribui intencionalidade e "manipulação de massas", eu fico-me pelo sensacionalismo e adopção da notícia fácil e gratuita.
Relembro ainda, a forma divertida como Gonzallo Torrente Ballester numa das suas obras mais conhecidas, "A Crónica do Rei Pasmado" (editada em Portugal pela Caminho) retrata o poder do boato:

"A madrugada daquele domingo, tantos de Outubro, foi de milagres, maravilhas e supresas, embora tivesse havido, como sempre, desacordo entre as testemunhas e testemunhos. Mais exacto seria, certamente, dizer que toda a gente falou deles, ainda que ninguém os tivesse visto; mas, como a exactidão é impossível, mais vale deixar as coisas como as contam e contarão (...)"

Pintor de improviso

Os últimos dias têm sido um pesadelo. Ok... quase! Além da óbvia canseira, para um indivíduo sedentário como eu, ter tinta por todo o lado e desarrumar - para voltar a arrumar - a casa toda não é a melhor forma de "gastar" uns dias de férias.
Além das limitações óbvias de quem não percebe "puto" de pintura de interiores, não nos podemos queixar do resultado. A casa está a ter renovação devida.

Podcasting é viciante

Estou francamente contente com a subscrição e audição de podcastings. Divido as subscrições entre a oferta da iTunes Music Store - com dois milhões de subscrições em apenas dois dias - e o Odeo. A variedade temática é extraordinária, de boardgames a literatura, e as possibilidades são virtualmente infinitas. O podcasting veio para ficar.

Terrorismo em Londres

Os atentados aos aliados americanos contiuam. Infelizmente, os serviços de informação internacionais nunca serão 100% eficazes. Ficamos sempre supreendidos com a brutalidade e o horror destes actos, de sabermos que existem vitímas, de que estes traumas marcam a consciência colectiva e semeiam a tensão e disconfiança no quotidiano das sociedades, no entanto, quantos de nós não pensamos - num passado recente, quando de outras iniciativas terroristas - que Londres seria um alvo incontornável.
O André fez uma tour pelos sites nacionais e internacionais e destaca a forma o layout se adaptou à cobertura jornalistíca.

Revisitar "The Art and Science of Web Design"

Para comemorar os cincos anos passados desde a primeira edição do livro "The Art and Science...", Jeffrey Veen recorda o estado da web e o "caminho" percorrido até aos dias de hoje. Eu diria que o progresso foi tremendo, embora ainda muitos profissionais necessitem de ler esta obra. Existem países, como Portugal, em que o desenvolvimento na "arte" do web design é tão assimétrico quanto tudo o resto. Em que só esporádicamente encontramos websites concebidos "à luz" de boas práticas profissionais e standards.
Veen, ao assoprar das velas, oferece aos interessados a possibilidade de lerem a obra em PDF. Garantidamente, 3.4MB de boa leitura.

Daqui, consigo ver a minha casa!

Assinalada a vermelha. Pequenina.
Cortesia do acervo de imagens de satélite do Google Maps (Digital Globe).

À descoberta dos microformatos

Esta semana foi inaugurado o projecto microformats.org dedicado á concepção e divulgação de formatos de dados, aproveitando a extensibilidade de algumas tags de XHTML para aplicações úteis e, muitas vezes, já devidamente especificados para aplicações que não são "web-based". As vantagens mais visíveis deste projecto - levado a cabo por uma equipa de talentosos web-developers como Tantek Çelik, Dan Cederholm e Ryan King, entre outros - é incentivar a divulgação, o debate de ideias e o desenvolvimento dos microformatos.
Muitas das especificações, ou "working drafts" apresentados, resultam do trabalho que Tantek tem vindo a desenvolver na Technorati. A inaguração do website acaba por impulsionar a discussão na comunidade, aproveitar a participação e criatividade de alguns talentosos developers e promover a implementação na comunidade de bloggers e web designers. "Primeiro para humanos e depois para máquinas" é o lema e, sábiamente, a única possibilidade dos microformatos vingarem. O reaproveitamento de dados por motores de busca, parsers especifícos, etc. poderá entusiasmar os mais "geeks" e ser completamente indiferente para outros senão surgirem exemplos concretos e pragmáticos da utilidade dos mesmos. Existem, contudo, algumas empresas envolvidas no apoio e suporte ao projecto que apesar de embrionário poderá, a médio prazo, ser promissor.

Para ti, C.

Na esperança de um reencontro em breve.


Jackson Pollock, The She-Wolf, 1943